O que você põe no prato
também reflete na sua aparência. Além dos cremes e tratamentos, convém dar uma
olhada na geladeira.
TOMATE, ABÓBORA, ALHO,
LIMÃO, ARROZ INTEGRAL E CHOCOLATE
“Esses são alguns exemplos
de fontes de antioxidantes, essenciais para combater os radicais livres, os
grandes responsáveis pelo envelhecimento”, conta o nutrólogo Alberto Serfaty,
especialista em medicina estética e antienvelhecimento, do Rio de Janeiro.
Essas substâncias estão em grande parte de frutas, verduras, legumes,
hortaliças, cereais e condimentos (alho, manjericão e gengibre, por exemplo),
mas as estrelas desse time são os alimentos de tons alaranjados, avermelhados,
roxos e cítricos. Até uma guloseima tentadora pode entrar nessa lista do bem
(os fãs de chocolate vão babar!) – um estudo publicado no periódico britânico
Chemistry Central Journal revelou que delícia, principalmente na versão amarga,
é mais rica em antioxidantes do que vários sucos de frutas.
FRUTAS CÍTRICAS, FOLHAS,
CENOURA E GERMEN DE TRIGO
Representam os alimentos em vitamina C, E e
betacaroteno. “Essas substâncias são fotoprotetoras, ou seja, ajudam a defender
a pele da ação prejudicial dos raios solares”, explica a nutróloga carioca
TamaraMazaracki, especialista em medicina antienvelhecimento. “Segundo uma
pesquisa publicada na revista científica americana Nutrition & Healing, o
melão, a melancia, o salmão, o gérmen de trigo e o levedo da cerveja ainda
auxiliam a reparar o DNA, que pode ser prejudicado pelos raios ultravioleta. O
ácido fólico, encontrado nas folhas verde-escuras, desempenha um papel
igualmente importante na proteção contra os raios UV”, afirma Tâmara. Ela
acrescenta que a vitamina C, presente na laranja, no tomate e na acerola, entre
outros, também está envolvida na produção das fibras de sustentação da pele.
CARNE, FRANGO E OVOS
Juntamente com os peixes e
os laticínios, são fonte de proteína animal. “Esse nutriente é usado na
fabricação das fibras de colágeno, que garantem a firmeza e a resistência da
pele”, informa a dermatologista Luiza Guedes, do Rio de Janeiro. Também atuam
na renovação celular, além de construir a matéria-prima para hormônios com ação
anti-inflamatória e ajudar a evitar a perda muscular, um dos fatores
responsáveis pela flacidez da pele.
PEIXE, LINHAÇA E AZEITE
Esse time é especialmente
bem-vindo à mesa das vaidosas. “O salmão é rico em DMAE, uma substancia que
participa do funcionamento dos músculos e dos nervos que contraem e tencionam a
pele, garantindo seu tônus e sua elasticidade”, diz Alberto Serfaty. Todos os
tipos de peixe, especialmente os de água fria, como sardinha e a truta, contam
com ômega 3, 6, e 9, que tem efeito anti-invelhecedor, segundo a nutricionista Paula
Castilho, de São Paulo. Essas gorduras do bem ajudam a manter a barreira epidérmica,
melhorando a textura e hidratam a pele. A linhaça, o gergelim, o azeite, as
oleaginosas e os ovos também contam com esses nutrientes.
ÁGUA, CHÁ VERDE E SUCOS
“Os líquidos garantem a
hidratação de todo o organismo, são muito importantes para a pele e ainda
ajudam a evitar a prisão de ventre, favorecedora do acúmulo de toxinas que
prejudicam a elasticidade e o viço”, esclarece Tâmara. “Além da água, aconselho
tomar os chás verde, vermelho, branco e os sucos, especialmente o de uva, pois
são ricos em antioxidantes”, conta Luiza Guedes.
OS INIMIGOS: FAST FOOD E
AÇÚCAR
Doces e salgados em excesso
no cardápio cobram seu preço – tanto na saúde como na pele. Vários estudos
demonstraram que o açúcar tem feito
pró-inflamatório, que pode provocar falta de viço, flacidez, rugas e manchas.
“Trata-se da chamada glicação, que desencadeia a formação de AGEs (Advanced
Glycosylation End Products), moléculas que se depositam sobre as células e
dificultam a reparação e a renovação celulares, inclusive das fibras de
colágeno e da elastina”, explica a dermatologista Lilian Braga, de Sorocaba, no
interior de São Paulo. O grande problema é que o açúcar tem alto índice
glicêmico, ou seja, libera grandes taxas de glicose rapidamente no sangue,
atrapalhando seu processo de absorção nas células. E ele não é o único vilão
dessa história, pois a glicação acontece com todos os alimentos que tem esse
perfil, como os carboidratos simples, encontrados no pão branco e nas massas.
“A gordura trans, presente nas frituras e nos alimentos processados e
industrializados, aumenta a produção de radicais livres e o processo
inflamatório, que favorece o aparecimento precoce dos sinais da idade”,
acrescenta Tamara.