A alergia à proteína do leite é uma reação do organismo quando entra em contato com algumas frações protéicas do leite, que faz com que o sistema imunológico reconheça como agressoras, o que gera uma reação que tem como objetivo combater este agente estranho. Já a intolerância à lactose se dá por uma dificuldade do organismo de digerir o açúcar presente no leite, que é a lactose. Isso ocorre devido à ausência ou pouca produção da enzima lactase, responsável por digerir a substância.
A alergia à proteína do leite costuma afetar bebês, principalmente antes do primeiro ano de vida, pois está associada à substituição do leite materno pelo de vaca. Nesta fase, o intestino ainda não está preparado para receber e digerir a proteína do leite, entendendo-a como estranha e invasora, o que provoca uma reação contra ela e em defesa do organismo. A condição geralmente não perdura por toda a vida. Em 80% dos casos, estas crianças voltam a consumir o leite por volta dos três aos cinco anos de idade, pois é quando o sistema imunológico cria maturidade, tornando-se tolerante às proteínas presentes no leite de vaca e seus derivados. Por outro lado, a intolerância à lactose, quando não é genética, pode surgir em qualquer momento da vida, pois acontece graças à diminuição ou ausência da produção de lactase. Isso pode ocorrer por algumas razões, como lesões intestinais, quimioterapia, radioterapia ou até mesmo pelo processo natural de envelhecimento.
Os sintomas das duas condições são bastante similares. Ambas são caracterizadas por dores abdominais, gases (flatulência), sensação de inchaço, cólicas abdominais e diarreia. A alergia à lactose pode provocar, ainda, dificuldades respiratórias, edema, lesões na pele, como coceira, vermelhidão e dermatite, e vômitos, dependendo do grau do problema.
Já os tratamentos são distintos. No caso da alergia, é necessária a exclusão total do leite de vaca e derivados por um período que pode variar de meses a anos. Já a intolerância requer controle alimentar e medicamentos. O leite e seus derivados podem ser consumidos, porém em quantidades reduzidas, dependendo da tolerância do organismo.
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