terça-feira, 24 de maio de 2011

”NUTRIGENÔMICA” A DIETA PARA O SEU DNA

Se você está no time das que querem perder peso, o caminho natural, hoje, é ir ao nutricionista, relatar seus hábitos, checar as medidas e fazer exames para que o cardápio ideal seja elaborado. Mas a nutrigenômica, um novo ramo da nutrição, vai muito além – propõe fazer uma ponte entre a comida e a genética. Como? Vasculhando o corpo humano para saber como ele reage diante de determinados alimentos.
Ainda em fase de estudo no Brasil, essa ciência, baseada no mapeamento do DNA, pretende fazer uma análise supercriteriosa de como os genes e os nutrientes interagem no organismo. Com essas informações, será possível identificar os alimentos que trazem mais benefícios e descobrir quais são os vilões que atrapalham o regime. “É mais do que uma dieta personalizada. A nutrigenômica aponta exatamente o que o corpo precisa, indicando, por exemplo, por que alguns indivíduos respondem de forma diferente de outros ao consumir ou evitar os mesmos nutrientes”. Isso explicaria por que, para alguns, a redução do consumo de gorduras nem sempre resulta na diminuição da taxa de colesterol.
Outra grande vantagem do tratamento é conseguir prevenir doenças antes mesmo que elas se manifestem. Ou seja, verificar se a pessoa tem predisposição a problemas cardiovasculares, alguns tipos de câncer, diabetes e trombose, entre outros males, e assim criar mecanismos de defesa. “A dieta pode ficar um pouco restritiva, mas o corpo se mantém em equilíbrio. Dessa maneira, a pessoa pode engordar ou emagrecer, dependendo da necessidade de seu organismo.
O geneticista Salmo Raskim, de Curitiba, alerta que mapear o sequenciamento parcial dos genes leva semanas, mas, com a amostra sanguínea coletada em laboratório, consegue-se captar alguns problemas pontuais, como a intolerância a lactose, além de identificar a predisposição hereditária a doenças mais sérias. “Estamos engatinhando ainda nas pesquisas, mas me sinto otimista com essa nova modalidade. Acho que é um novo olhar da medicina sobre o conceito da nutrição personalizada”, conclui. Alerta: até que haja mais descobertas nessa área, ainda continua valendo o veto ao excesso de sal, gordura e açúcar, ok?

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