sexta-feira, 22 de março de 2013

Morango como alimento funcional

Pesquisas emergentes fornecem evidências substanciais para classificação do morango como um alimento funcional com muitos benefícios à saúde, seja como fator preventivo ou terapêutico. O morango, uma boa fonte de fitoquímicos (ácido elágico, antocianinas, quercetina e catequinas) e vitaminas (ácido ascórbico e ácido fólico), tem sido classificado como fonte de polifenóis e com alta capacidade antioxidante. No entanto, deve atentar-se ao fato de que estes componentes bioativos podem ser significantemente afetados por diferenças em cultivares, práticas agrícolas, métodos de armazenamento e congelamento: resfriamento versus calor seco tem sido associado com a retenção máxima de compostos bioativos no morango em vários estudos. A epidemiologia nutricional mostra associação inversa entre o consumo de morangos e a incidência de hipertensão ou níveis de proteína C-reativa no soro, outros estudos identificaram a capacidade do morango em atenuar o estresse oxidativo e inflamação pós-prandiais induzidos pelo alto teor de gordura de dietas. Ainda, outras evidências elucidaram vias bioquímicas específicas que possam conferir ao morango estes efeitos protetores à saúde: aumento da atividade da enzima óxido nítrico endotelial sintase (eNOS), diminuição da atividade do NF-kappaB e subsequente inflamação, ou inibição de enzimas digestivas específicas para carboidratos. Estes efeitos sobre a saúde podem ser atribuídos aos efeits sinérgicos de nutrientes e fitoquímicos nos morangos. Mais estudos são necessários para definir a dose ideal e o tempo de ingestão para que os níveis de biomarcadores ou as vias relacionadas com a patogênese de doenças sejam afetadas.



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